sábado, 7 de abril de 2012

Sá Pinto e Witsel: da troca de Mons à rivalidade lisboeta

Ricardo Sá Pinto e Axel Witsel reencontram-se seis anos depois, no «derby» lisboeta. No Standard de Liège foram colegas de equipa, mas agora defendem emblemas rivais. O belga continua de chuteiras calçadas, o português trocou-as pelas gravata.

A temporada 2006/07 foi a última de Sá Pinto enquanto jogador, e a primeira de Witsel na equipa principal dos «rouches». O português tinha então trinta e quatro anos, e o belga 17. Carreiras em pontos completamente antagónicos, simbolicamente ligadas a 12 de Novembro de 2006, quando o avançado cedeu o lugar ao médio aos minuto 89 do jogo em Mons, que o Standard venceu por 3-2. Curiosamente, foram apenas sete os jogos em que Sá Pinto e Witsel jogaram juntos. O treinador começou por ser Jan Boskamp, mas substituído por Michel Preudhomme logo no final de Agosto.

«O Sá Pinto estava em final de carreira, mas era um jogador com muita mística. O Witsel era ainda um miúdo. Ele e o Fellaini subiram aos seniores nesse ano. Já se via que tinha muito potencial. Nós brincávamos muito com ele, por ser muito tímido, mas aceitava bem as brincadeiras», recordou Areias, que nessa época também representou o Standard, que tinha ainda Nuno André Coelho, Sérgio Conceição, para além de Onyewu, agora «pupilo» de Sá Pinto, e Defour.

Seis anos depois, Sá Pinto e Witsel são adversários, mas com funções distintas. «É a evolução normal das coisas», defendeu Areias. «O Sá Pinto está a fazer um excelente trabalho no Sporting, e o Witsel está a confirmar o talento que já lhe era atribuído na altura», disse o antigo lateral esquerdo, que ainda assim acredita que o médio belga pode dar ainda mais. «Já está ao nível dele, mas na próxima época, se continuar no Benfica, estará ainda mais adaptado à equipa e aos colegas. No Standard era mais box-to-box. A tática talvez o limite um pouco aqui. Tem mais preocupações defensivas», acrescentou.

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